quarta-feira, 6 de outubro de 2010

(Des)União Brasil-Portugal

Uma notícia publicada pelo site Netvasco provocou uma "briga" entre os vascaínos do Rio de Janeiro e os de Sines, em Portugal.

O motivo é a notícia de que alguns torcedores da equipe lusitana demonstraram sua insatisfação, através de comentários em um blog dedicado aos assuntos da cidade de Sines, com o fato de o Vasco da Gama Atlético Clube estar disputando o campeonato da 1ª Divisão Distrital de Setúbal com o uniforme do time do Rio, inclusive com seus patrocinadores, no lugar de seu tradicional "equipamento", predominantemente amarelo. A única referência ao time português é o escudo, colocado no centro do peito, ao lado da faixa, com menos destaque que a tradicional cruz da camisa do nosso Vasco, o carioca.

Vasco de Sines entra em campo com a camisa do time do Rio de Janeiro

Na verdade, isso faz parte de uma parceria entre as diretorias dos dois times. A agremiação portuguesa passa a ser uma forma de divulgação da marca do C.R. Vasco da Gama na Europa, especialmente em Portugal, e, em compensação, passa a contar, sem ônus, com cinco jogadores pertencentes ao Vasco brasileiro: Eder, Luís Gustavo, Barueri, Gotti e Dico.

Entendo a insatisfação dos portugueses com a troca dos uniformes, mas, certamente, os jogadores que receberam são de um nível superior ao dos demais que disputam a competição do Distrito de Setúbal. Será que esses reforços não "pagam" o preço de ter que jogar com outras cores? Para ser sincero, acho que não. Vascaíno e orgulhoso de toda a história do meu clube, desde a luta pelos negros e pobres, que resultou com a construção de São Januário, até as conquistas dos mais variados e importantes títulos, também não gostaria de ver o meu Vasco, o do Rio de Janeiro, vestindo outro uniforme, não importando que reforços pudessem nos ceder. Sou orgulhoso de nossa história, assim como os vascaínos de Sines devem ser orgulhosos da sua.


O Clubbe Recreativo Vasco da Gama (CRVG), Cidade do Cabo, tem até o escudo
igual ao do time carioca e disputa a primeira divisão da Liga Sul-Africana


O ponto é que para nós, torcedores do Clube de Regatas Vasco da Gama, é muito legal, motivo até de orgulho, ver outros Vascos, como o de Goa, na Índia, e da Cidade do Cabo, na África do Sul, vestindo uniformes que nos prestam homenagem. Porém, ao contrário dos times da Índia e da África do Sul, o Vasco português não foi feito com qualquer ligação ao nosso, mas, assim como o do Rio, é uma homenagem, exclusivamente, ao explorador Vasco da Gama, nascido em Sines.

Também fundado pela colônia portuguesa, o Vasco Sports Club, de Goa, Índia, é
mais um time a vestir uniforme baseado no do Gigante da Colina.

De qualquer forma, agora que o acordo entre os times já foi feito e "a equipa" portuguesa já uso o nosso uniforme, desejo ao Vasco da Gama A. C., de Sines, o mesmo sucesso que desejo ao C. R. Vasco da Gama.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Molecagem?

O caso do jogador Neymar, que xingou o técnico Dorival Jr. após o treinador ter ordenado que outro jogador cobrasse um pênalti, na vitória do Santos sobre o Atlético Goianiense, foi só mais um caso de rebeldia dos "craques" brasileiros. E, somente agora, as pessoas estão começando a cobrar uma postura mais séria da grande revelação santista.

Acho certo que a diretoria tenha multado o jogador, assim como acho certo que a imprensa cobre uma postura mais profissional do atleta, mas será que o Neymar é o único culpado?

Não é de hoje que os grandes ídolos fazem o que querem atuando por seus clubes, no futebol brasileiro. E a culpa disso é dos jogadores ou das diretorias omissas, que permitem que seus atletas mais renomados façam o que bem entenderem?

Me lembro de uma entrevista em que o meio-campo Kaká, conversando com Galvão Bueno, revelou que nunca teve a oportunidade de esquiar em Madonna di Campiglio, famosa estação de esqui italiana, por um único motivo: seu contrato com o Milan não permite quaisquer atividades que coloquem em risco sua integridade física. Nem andar de moto é permitido ao jogador dos grandes clubes europeus.

No Brasil, coincidentemente, o atacante Adriano, por exemplo, se tornou, eu diria, azarado. Não que ele tenha deixado de treinar por queimar o pé no escapamento de uma moto, de forma alguma. O azar de Adriano no Brasil foi tão grande que ele queimou o pé em uma lâmpada.

Coitado do Adriano! É muito normal queimar o pé em uma lâmpada! Quem não conhece alguém que nunca queimou o pé em uma lâmpada? Já no escapamento de uma moto...

Mas o caso de Adriano não é único. Não é de hoje que os craques são intocáveis. Romário, por exemplo, sempre teve sua "janelinha" assegurada em qualquer clube brasileiro pelo qual tenha atuado. O baixinho mesmo nunca fez muita questão de esconder que tinha regalias.

E o pior é que o Neymar não é nenhum Romário. Na verdade, o Neymar não é nem, eu diria, um Adriano. Ainda assim, no Santos de Pelé, simplesmente o maior jogador de todos os tempos, Neymar já começa a se considerar acima do bem e do mal. Neymar já começa a achar que tem o direito de questionar decisões, xingar o treinador e fazer o que bem entende.

Isso me lembrou até uma postagem do site Kibe Loco...


Novamente, será que a culpa é só do Neymar?